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Projeto Sanduba em estágio avançado de ansiedade: só falta o resultado final

O processo seletivo ao Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE) é extenso e envolve diversas etapas. Entre os requisitos, estão o contato com um professor de uma universidade estrangeira disposto a atuar como coorientador, a elaboração do projeto de pesquisa, a organização da documentação necessária para a inscrição, a obtenção de uma carta de recomendação da minha orientadora, a participação na seleção interna do programa de pós-graduação e, por fim, a homologação da candidatura pela universidade de origem. No meu caso, todas essas etapas se concentraram em um mês particularmente intenso — e glorioso: janeiro. Em fevereiro, saiu o resultado da minha proficiência em espanhol e, desde então, não publiquei mais aqui no blog.

Nesse meio-tempo, outras etapas fundamentais foram concluídas para consolidar minha candidatura. A primeira delas foi a inscrição no sistema da Capes (Sicapes), que exigiu o preenchimento detalhado do formulário eletrônico disponível na plataforma, além do envio de toda a documentação obrigatória: projeto de pesquisa, plano de atividades no exterior, carta de aceite do coorientador estrangeiro, histórico escolar e carta de recomendação da orientadora. Cada item precisava estar rigorosamente de acordo com as exigências do edital, o que exigiu bastante atenção, planejamento e organização. Essa foi a etapa que formalizou, de fato, minha candidatura junto à Capes — um passo essencial para que o processo seguisse adiante.

Os vídeos abaixo ajudam a visualizar como funciona essa etapa do preenchimento e submissão no Sicapes, embora o sistema atual tenha passado por algumas modificações em relação ao exemplo utilizado por ela no processo seletivo anterior:

Esse é, sem dúvidas, o momento mais importante de todo o processo. Foi preciso dedicar muito tempo e atenção para garantir que nenhum item ficasse incompleto — caso contrário, todo o esforço poderia ir por água abaixo antes mesmo de a candidatura ser avaliada. O sistema é pouco intuitivo, e o preenchimento do cronograma, em especial, se mostrou bastante complexo por conta do nível de detalhamento exigido. Na sequência, veio o processo de homologação pela universidade de origem — uma etapa igualmente decisiva, já que cabe à instituição brasileira validar e encaminhar oficialmente a proposta à Capes.

Agora estou na fase final do processo: entre os dias 9 de abril e 23 de maio, acontece a análise técnica das candidaturas pela Capes. Na última quarta-feira, 16 de abril, recebi um e-mail informando que meu processo foi recebido e segue para avaliação. A mensagem também orientava que, em caso de dúvidas, envio de informações ou documentos, o contato deve ser feito por meio do sistema de comunicação da Capes (Linha Direta), acessível com login e senha pessoais: https://linhadireta.capes.gov.br/. Para eventual atualização de dados cadastrais, foi indicado o acesso à plataforma SCBA: https://scba.capes.gov.br/. Agora, é acompanhar com atenção esse momento decisivo, segurar a ansiedade e aguardar a divulgação do resultado final.

Naturalmente, estou pilhado desde que recebi esse e-mail. Sei que fiz tudo o que estava ao meu alcance e, repassando cada etapa, não identifiquei nenhuma inconsistência que possa comprometer minha candidatura. Ainda assim, é impossível não ficar apreensivo — afinal, a análise documental realizada pela Capes verifica se o formulário foi preenchido de forma completa e correta, se toda a documentação obrigatória foi enviada e se os requisitos do edital foram devidamente atendidos.

De acordo com a portaria que rege o processo, caso haja alguma pendência ou inconsistência nas informações prestadas, a Capes pode solicitar documentos complementares dentro do prazo estipulado. E, se houver indeferimento da candidatura, ainda é possível interpor recurso administrativo no prazo de até 10 dias corridos após a notificação oficial. Tomara que isso não seja necessário, mas é bom saber que essa possibilidade existe.

O resultado final está previsto para o dia 4 de junho, mas sigo na torcida para que algum sinal positivo chegue antes disso. Essa confirmação é fundamental para que eu possa resolver uma série de pendências práticas: encontrar um lugar para morar, providenciar os documentos exigidos e dar entrada no visto de estudante para a Espanha — tudo isso antes do início das atividades, marcado para outubro.

Por enquanto, sigo no modo aguardando resultado, tentando equilibrar a ansiedade com planejamento e uma dose controlada de otimismo.

Jornalista e doutorando em Comunicação (PPGCom/UFPA), com mestrado em Planejamento do Desenvolvimento (NAEA/UFPA). Servidor do MPPA desde 2008, atua na Assessoria de Comunicação Social. Pesquisa a interseção entre comunicação, sustentabilidade, direitos humanos e conflitos socioambientais, com enfoque crítico e decolonial.

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